terça-feira, 30 de setembro de 2008

=/

Uma mistura de...


Desânimo,


Amargura,


Cansaço,


Tristeza,

um Vazio que parece não ter fim.

Se isso vai passar não sei.

Mais espero que passe.

Que tenha um Fim.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O ensino no Colégio Estadual Raimundo Gouveia

Ao chegar ao Colégio Estadual Raimundo Gouveia, foi possível matar a saudade dos velhos tempos de escola. Crianças correndo, gritando, jovens em grupo conversando e alguns matando a fome na hora do recreio. O colégio fica no bairro de Castelo Branco, na movimentada Rua A, 2ª Etapa do bairro. A instituição encontra-se em bom estado de conservação e seus profissionais estão sempre presentes e atentos ao ensino e comportamento de seus alunos.
O colégio freqüentemente está em reforma, devido aos próprios alunos, que riscam as paredes, quebram as carteiras e não têm os devidos cuidados com o material na escola. Eles destroem e depois exigem melhorias. “Essa situação não acontece só no Raimundo Gouveia e, sim, em todos os colégios públicos e em alguns particulares”, como afirma a vice-diretora e professora de Geografia Marlene Ribeiro. Porém, para Marlene há também aqueles alunos que contribuem, cuidando da sua escola.
Um dos problemas das escolas públicas é a falta de assiduidade dos professores. No Raimundo Gouveia é diferente, como afirma Marlene: “O colégio é super burocrático com relação às faltas dos professores. Quando um professor falta, a secretaria logo envia outro para que os alunos não fiquem sem aula. O colégio tem capacidade para cerca de 2.400 alunos, e possui mais de 70 professores, com a carga horária completa”.
Alunos do colégio elogiam a sua qualidade, pois há feiras de ciências, algumas atividades complementares e passeios. A aluna da 6º série Letícia da Silva, 12 anos, disse que ama o seu colégio, seus professores são excelentes, algumas aulas são boas, outras não, e que a diretoria vem fazendo muitas melhorias no colégio. Para ela, o Raimundo Gouveia possui uma boa rede de funcionários de limpeza que trabalham para manter a higiene no local, não só nos banheiros, como também na cantina.
“Os lanches da cantina são feitos de acordo com um cardápio preparado e enviado pelo MEC e atualmente oferecido somente ao ensino fundamental”, disse Marlene. Além disso, ela ressalta que os funcionários da cantina fazem cursos de reciclagem.
Nem todo mundo acha que as escolas públicas possam ter uma boa forma de ensino. Algumas pessoas acham que por ser uma rede pública, os meninos e meninas que estudem lá serão marginais, que não podem ter um bom futuro na vida. Outros pais têm condições, mesmo assim não colocam seus filhos para estudar em colégios do governo para não ter que gastar dinheiro.
Muitos pais matriculam seus filhos em colégios do governo por não terem condições financeiras de pagar por uma rede de ensino privada. A dona de casa Flávia Mendonça, 38 anos, desempregada, disse: “Não tenho condições de pagar uma escola boa para meu filho. Se tivesse, lhe garanto que ele não estaria estudando em uma escola publica, mas infelizmente tive que colocá-lo em uma, pois estou desempregada. Não suporto a idéia de que meu filho está em um lugar onde ninguém se importa se as crianças estão ou não aprendendo, e muito menos com o futuro delas”.

Educação no Brasil

Uma garota que não quis ser identificada contou que estudou a vida inteira em rede pública e, segundo ela, falta muito para o ensino melhorar. A estudante afirmou que teve uma grande dificuldade no aprendizado, pois a falta de disciplina é grande, pois o governo não está nem aí para nada.
Marlene Ribeiro, a vice-diretora do Colégio Estadual Raimundo Gouveia, defende o ensino público de todas as formas possíveis, mas também concorda que o ensino público ainda encontra-se muito debilitado no nosso país: “A educação está precisando de melhorias urgentes. O governo poderia tomar uma atitude, rapidamente sobre o assunto. No Raimundo Gouveia os profissionais são todos competentes e realmente se importam com a qualidade do que transmitem aos seus alunos”, complementa Marlene.
A própria Marlene é um exemplo de que o ensino público pode ser uma boa opção, se os alunos tiverem interesse de verdade. Ela estudou a vida inteira em colégio público, formou-se em Letras na Universidade Federal da Bahia (UFBA), e, além disso, pretende fazer pós-graduação. Marlene tem uma visão otimista sobre a situação e espera que um dia o ensino público possa ter uma melhoria significativa, não sendo mais ridicularizado por alguns e onde os alunos não sejam mais vistos de maneira tão mesquinha.

(outubro de 2007)






*** Vou passar um tempinho escrevendo aqui meus trabalhos antigos da faculdade.

domingo, 7 de setembro de 2008

Hino á Ísis

"Porque eu sou a primeira e a última.
Eu sou a venerada e a desprezada.
Eu sou a prostituta e a santa.
Eu sou a esposa e a virgem.
Eu sou a mãe
e a filha.
Eu sou os br
os de minha mãe.
Eu sou estéril, e
numerosos são os meus filhos.
Eu sou a bem casada e a solteira.
Eu sou a que dá a luz e a que jamais procriou.
Eu sou a consolação das dores do parto.
Eu sou a esposa e o esposo,
e foi meu homem quem me criou.
Eu sou a mãe do meu pai,
sou a irmã do meu marido,
e ele é meu filho rejeitado.
Respeitem-me sempre
Porque eu sou a escandalosa e a magnífica...
eu sou ÍSIS."